Ar Condicionado e Qualidade do Ar

O impacto do Dióxido de Carbono (CO2) em locais com ar condicionado

Concentrações moderadas de dióxido de carbono (CO2) em ambientes fechados promovem dores de cabeça e fadiga. Altas concentrações podem gerar náuseas, vômitos e tonturas. Em altíssimas concentrações o gás carbônico pode gerar a perda de consciência.

Para prevenir, ou mesmo, reduzir as altas concentrações de CO2 em ambientes fechados, é preciso tomar algumas precauções que vão desde a instalação de estruturas próprias de ventilação, até a aquisição de ares condicionados próprios com sistema de renovação de ar.

Para entender mais sobre os impactos do CO2 em locais fechados, bem como, os cuidados que devem ser tomados para ambientes climatizados, vale a pena conferir!

A síndrome do edifício doente

O excesso de gás carbônico é facilmente verificado em ambientes fechados sujeitos à climatização. A falta de cuidados com os padrões de qualidade do ar em ambientes climatizados ainda é uma realidade em muitas empresas, o que acaba trazendo consequências negativas à saúde de seus colaboradores, afetando os níveis de produtividade na organização.

A Síndrome do Edifício Doente, ou Sick Building Syndrome (SBS) é o nome dado ao fenômeno causado pelos inúmeros sintomas sentidos por colaboradores, sem causa aparente, em prédios empresariais que não possuem a devida ventilação.

Quando arquitetos e designers começaram a tornar os edifícios menos ventilados, com o objetivo de melhorar a eficiência energética e diminuir os gastos com ares condicionados, a falta de ventilação começou a promover desconfortos e problemas de saúde aos ocupantes do espaço.

O excesso de gás carbônico é o principal fator de causa da Síndrome do Edifício Doente, afinal são nas altas concentrações que os principais sintomas como cansaço, fadiga, falta de concentração, irritação nos olhos, nariz e garganta e pele seca são experimentadas.

A ventilação adequada é um fator importante para a qualidade do ar e a saúde dos colaboradores. Apenas para se ter uma ideia, o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional apontou de 52% dos problemas de qualidade do ar interno estavam relacionados à ventilação.

Em ambientes climatizados, as análises periódicas da qualidade do ar são essenciais para prevenir a chamada Síndrome do Edifício Doente. Essas análises são capazes de revelar se o sistema de refrigeração e ventilação do ar condicionado está funcionando de forma adequada, garantido a saúde de todos os colaboradores.

Os limites de CO2 para ambientes climatizados e a regulamentação brasileira.

Falar apenas em excesso de gás carbônico é algo muito amplo para quem busca garantir a qualidade do ar e a ventilação adequada. Não é por outro motivo que as concentrações de gás carbônico já foram mensuradas com o objetivo de apontar quando se tornam insalubres e prejudiciais à saúde.

No quadro abaixo separamos as medidas que são consideradas mundialmente como concentrações adequadas ou inadequadas de CO2 no ar.

Concentração de CO2 Efeitos
400 ppm Concentração normal no ambiente externo.
400-1000 ppm Concentração encontrada basicamente em espaços ocupados, mas com boa ventilação.
1.000-2.000 ppm Concentração relacionada a queixas de sonolência e sensação de abafamento.
2.000-5.000 ppm Concentração relacionada ao aparecimento de dores de cabeça, sonolência, baixa concentração, aumento da frequência cardíaca e náuseas
> 5.000 ppm Concentração relacionada à toxidade e privação de oxigênio.
> 40,000 ppm Concentração altamente prejudicial relacionada à privação de oxigênio.

No Brasil, uma norma específica regulamenta os padrões de qualidade em ambientes climatizados. A Resolução 09/2003, da ANVISA, determina o limite de concentração de 1000 ppm para ambiente fechados e climatizados.

Para prevenir os impactos negativos do excesso de dióxido de carbono em ambientes com ar condicionado é fundamental que o ambiente possua boa ventilação/exaustão do ar interior.

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