Como Prevenir Doenças Relacionadas a Fungos em Ambientes Climatizados

A proliferação de fungos em ambientes climatizados pode desencadear diversas doenças e complicações à saúde. A Resolução RE 09 da ANVISA estabelece padrões rigorosos quanto à presença de fungos em espaços climatizados, reconhecendo os riscos relevantes que esses organismos representam aos ocupantes.

Alternaria é um fungo comum que pode causar múltiplos problemas, incluindo lesões cutâneas, doenças pulmonares e infecções nasais. Esse organismo prospera em condições úmidas e pode se espalhar facilmente pelos sistemas de ar‑condicionado quando a manutenção é inadequada.

Aspergillus produz esporos extremamente pequenos que penetram profundamente no sistema respiratório. Esse fungo é particularmente perigoso para imunocomprometidos e pode causar infecções respiratórias graves, reações alérgicas e, em casos severos, aspergilose invasiva.

Cladosporium pode causar infecções superficiais e sistêmicas. Embora muitas vezes associado a reações alérgicas leves, esse fungo pode levar a complicações sérias em indivíduos suscetíveis, especialmente em portadores de condições respiratórias pré‑existentes.

Fusarium pode provocar diversas manifestações clínicas, afetando pele e tecidos. Notabiliza‑se por causar infecções tanto em imunocomprometidos quanto em indivíduos saudáveis, sendo portanto uma preocupação para todos os ocupantes.

Sintomas alérgicos comuns à exposição fúngica incluem espirros, coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, congestão nasal e tosse persistente. Esses sintomas tendem a piorar em ambientes climatizados sem manutenção adequada, onde esporos se acumulam e circulam.

A prevenção requer abordagem multifatorial: limpeza regular de filtros para remover esporos, manutenção adequada dos equipamentos para evitar acúmulo de umidade, substituição de plantas internas por itens não orgânicos, instalação de filtros adequados (classificações G‑1, A3) e controle da umidade, prevenindo infiltrações de água.

Controlar a umidade é a chave para prevenir fungos. Isso inclui reparar vazamentos prontamente, garantir drenagem apropriada, manter a umidade relativa abaixo de 60%, melhorar a ventilação em áreas problemáticas e inspecionar regularmente os sistemas de ar‑condicionado para sinais de umidade ou crescimento microbiano.

Ensaios regulares de qualidade do ar ajudam a identificar contaminação fúngica antes que se torne um problema grave. Em casos severos, pode ser necessária remediação profissional, e o monitoramento contínuo assegura que as medidas de prevenção se mantenham eficazes ao longo do tempo.