A Importância das Boas Práticas na Manipulação de Alimentos

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Boas práticas de manipulação de alimentos

Seguir as diretrizes da ANVISA para manipulação é essencial para prevenir doenças de origem alimentar. Alimentos perecíveis são particularmente vulneráveis à contaminação bacteriana, e armazenamento e manuseio inadequados criam condições para rápido crescimento microbiano, oferecendo riscos sérios à saúde do consumidor.

O impacto global da segurança dos alimentos é inegável. Segundo a OMS, ocorrem 582 milhões de casos de intoxicação alimentar por ano no mundo, com 351 mil óbitos. Esses números destacam a importância crítica das boas práticas de manipulação.

A ANVISA estabeleceu regulamentações abrangentes, como a RDC 216/2004 (Boas Práticas para Serviços de Alimentação). Essa norma define condições detalhadas de higiene e sanitização que devem ser mantidas em todo o preparo, do recebimento das matérias‑primas ao serviço dos pratos.

Organizar e higienizar as áreas de preparo é fundamental. Inclui manter superfícies limpas e sanitizadas, organizar estoques para evitar contaminação cruzada, garantir sistemas adequados de descarte de resíduos e implementar cronogramas de limpeza que contemplem todas as áreas de manipulação e armazenamento.

Vestuário adequado e higiene pessoal são requisitos inegociáveis. Manipuladores devem usar uniformes limpos e específicos, toucas ou gorros para conter os cabelos, remover joias — anéis, relógios e pulseiras acumulam microrganismos — e adotar protocolos rigorosos de lavagem das mãos.

Práticas de armazenamento devem separar rigorosamente alimentos de substâncias químicas. Produtos de limpeza, pesticidas e outros químicos devem ficar em áreas exclusivas e separadas do estoque de alimentos, evitando contaminação química e uso acidental em preparações.

O controle de temperatura é crítico. Perecíveis devem ser conservados com refrigeração abaixo de 5°C, congelamento a −18°C ou menos para armazenamento prolongado e aquecimento acima de 60°C para pratos prontos aguardando serviço. Registros de temperatura devem documentar a conformidade.

A prevenção de contaminação cruzada requer tábuas e utensílios separados para alimentos crus e cozidos, higienização das mãos entre manipulações, armazenar carnes cruas abaixo de prontos para consumo em geladeiras e manter equipamentos e superfícies sempre limpos.

As consequências da não conformidade podem ser severas: de advertências e multas a interdição temporária ou definitiva. Além das penalidades, surtos de DTA podem devastar a reputação do negócio e gerar responsabilidade legal. O mais importante: boas práticas protegem a saúde pública. Treinar equipes, implantar sistemas de gestão de segurança de alimentos e manter vigilância contínua criam uma cultura de segurança que protege clientes e o sucesso do negócio.

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