Padrões de Qualidade do Ar e a RE 09 da ANVISA

LBN Análises
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Padrões de qualidade do ar

O ar‑condicionado substitui a ventilação natural e desempenha papel central em nossas vidas, sendo responsável pelo ar que respiramos. Por isso, é essencial atenção aos padrões de qualidade do ar em ambientes climatizados por razões de saúde e segurança.

Padrões de temperatura variam conforme a estação para conforto e saúde ideais. No verão, recomenda‑se entre 23°C e 26°C; no inverno, entre 20°C e 22°C. Esses intervalos equilibram conforto, eficiência energética e necessidades fisiológicas.

A velocidade do ar deve ser controlada para evitar desconforto e correntes de ar. O valor máximo aceitável é inferior a 0,25 m/s na zona ocupada. Velocidades mais altas criam correntes desagradáveis e aumentam a sensação de frio além da temperatura real.

O controle de umidade é essencial para conforto e saúde. No verão, a umidade relativa deve ficar entre 40% e 65%; no inverno, entre 40% e 55%. Valores fora desses intervalos podem causar desconforto e problemas de saúde.

Aerodispersoides (material particulado em suspensão) não devem exceder 80 μg/m³. Incluem poeira, pólen e outros sólidos suspensos que podem causar irritação respiratória e agravar asma.

A contagem de fungos é rigidamente regulada com nível máximo de 750 UFC/m³. Níveis elevados indicam problemas de umidade ou manutenção e representam riscos sérios à saúde, especialmente para indivíduos sensíveis.

A concentração de dióxido de carbono é um indicador‑chave de ventilação adequada. O nível máximo permitido de CO2 é 1000 ppm. Concentrações superiores indicam insuficiência de ar externo e podem causar sonolência, dores de cabeça e redução da função cognitiva.

Esses parâmetros atuam em conjunto para criar ambientes internos saudáveis. Temperatura e umidade afetam conforto e crescimento microbiano. A velocidade do ar influencia a percepção térmica. O CO2 aponta a eficácia da ventilação. Partículas e fungos impactam diretamente a saúde respiratória.

A análise regular da qualidade do ar assegura conformidade com esses padrões. Testes devem ser realizados semestralmente por laboratórios acreditados e com metodologias padronizadas. Resultados precisam ser documentados e comparados à RE 09, com ações corretivas quando houver excedentes.

Manter esses padrões requer projeto integrado de HVAC, manutenção e troca de filtros regulares, suprimento adequado de ar externo, sistemas de controle de umidade e monitoramento contínuo. O investimento protege a saúde dos ocupantes, garante conformidade regulatória e cria ambientes confortáveis e produtivos.

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